Conheça o sistema de correção do Enem e como usá-lo a seu favor
Sistema de correção utilizado pelo Enem impossibilita saber a pontuação final do exame, mesmo com gabarito.
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) utiliza um sistema de correção conhecido como teoria de resposta ao item (TRI). O método é “antichute” e pode ser usado a favor dos estudantes, sobretudo nas provas de ciências exatas e da natureza, que serão aplicadas no domingo, 24.
André Corleta, diretor de ensino do cursinho online Me Salva!, explica em entrevista à Agência Brasil: “A dica geral é que acertar as questões fáceis dá mais pontos para o estudante. Como ele pode lidar com isso? Focando em acertar as questões fáceis. Na prática, na hora da prova, isso significa pular as questões difíceis. O Enem é uma prova que tem muitas questões e pouco tempo para resolver cada questão. Então, se perder muito tempo em uma questão difícil, isso não vai dar muito ponto no final e não vai valer tanto a pena”.
As questões do Enem são retiradas de um banco do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Cada pergunta é testada antecipadamente com um grupo de estudantes e categorizada de acordo com a dificuldade. Por conta disso, é possível ter variadas provas do Enem, diversificando as questões e mantendo o mesmo nível de dificuldade.
De acordo com Rafael Vilaça, professor de física do pré-vestibular online Descomplica, o TRI leva em conta a coerência da prova, ou seja, é esperado que, ao acertar as questões difíceis, o aluno também acerte as fáceis. Caso isso não aconteça, o sistema pode entender que ele chutou as questões e, por isso, vai pontuar menos. “A primeira dica é, então, identificar as questões fáceis de cada disciplina”, afirma Vilaça.
“Essa metodologia funciona muito bem quando se tem essa diferenciação entre questões fáceis e difíceis explícita. Isso acontece mais no segundo dia de prova, quando se tem matemática e ciências da natureza. Entre as humanidades [no primeiro dia de prova] é mais difícil”, completa Corleta.
Vilela destaca que os estudantes, caso não saibam como resolver uma questão, devem pular para outra. Ao final da prova, o aluno deve voltar nessas perguntas e tentar resolvê-las. “Sempre estimulo os alunos a tentar fazer as questões teóricas, não que sejam mais fáceis mas levam menos tempo e fazem com que se garanta as questões fáceis e teóricas e, também, uma coerência na prova”, avalia.
O professor ainda ressalta que nenhuma questão deve ser deixada em branco. “O chute é sempre melhor que deixar em branco. Nunca deixe. Porque mesmo que não esteja tão coerente a prova pelo fato de ter chutado a questão, se chutar e tiver a sorte de acertar, isso não significa que perderá ponto, mas que a questão valerá menos. Se deixar em branco, é zero”.
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