Governo Itamar Franco

O governo Itamar Franco se caracterizou pela recuperação econômica do país após o impeachment de Fernando Collor de Mello.

O governo Itamar Franco se iniciou em dezembro de 1992 e se estendeu até 31 de dezembro de 1994.

Itamar Franco assumiu a presidência do Brasil após o impeachment de Fernando Collor de Mello, que governou o país de 1990 a 1992.

Assim, Itamar Franco comandou o país no período que corresponderia ao restante do mandato de Collor.

Seu governo se destacou por conseguir estabilizar a economia e controlar a inflação por meio do Plano Real, criado pelo seu então Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso.

Biografia de Itamar Franco

Itamar Franco nasceu em junho de 1930 no meio de um voo entre Salvador e Rio de Janeiro. No entanto, seu nascimento foi registrado na cidade de Juiz de Fora, em 1931.

Em 1954 se forma em engenharia pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Iniciou sua carreira política durante a ditadura militar, quando se filiou ao Partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB), oposição institucionalizada e pouco expressiva ao regime.

Em 1967, é eleito prefeito de Juiz de Fora e em 1973 é reeleito para o mesmo cargo. Além disso, foi senador por duas vezes.

Após a redemocratização do país, ele se tornou vice-presidente durante o mandato de Fernando Collor de Mello.

Como consequência aos casos de corrupção que envolviam o então presidente, Collor sofreu impeachment e coube ao seu vice, Itamar Franco, assumir a presidência do país no final de 1992.

Características governo Itamar Franco

Após a queda de Collor, Itamar Franco empossou no cargo com uma política conciliadora e independente, escolhendo políticos de variados partidos, principalmente do PMDB e PSDB, para integrar seu governo.

Ainda no início do mandato, mais um caso de corrupção veio à tona, o caso que ficou conhecido como Escândalo dos Anões do Orçamento. Cerca de 100 milhões de dólares haviam sido desviados dos cofres públicos.

Apenas 6 dos 25 políticos envolvidos foram cassados. Ao mesmo tempo, a pressão dos movimentos sociais se intensificava ao exigir mudanças.

O Movimento do Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi um dos mais atuantes nesse período.

Itamar Franco assumiu a presidência do país em um momento em que a economia se encontrava em uma situação complicada.

A inflação chegou a subir 30% ao mês, corroendo os salários dos trabalhadores. Visando resolver esse problema, ele convidou o sociólogo Fernando Henrique Cardoso para o Ministério da Fazenda.

O ministro e sua equipe lançaram o Plano Real, que começou a vigorar em 1994. O Plano determinava:

  • A criação de uma nova moeda, o Real (R$), que teria seu valor similar ao dólar; 1 real equivalia a 1 dólar.
  • O controle dos gastos públicos. No mesmo ano, FHC aumentou os impostos em 5%, além de promover vários cortes do orçamento.

O Plano Real comprovou eficácia ao reduzir a inflação para menos de 5% ao mês. Os salários reconquistaram o poder de compra, possibilitando que as pessoas consumissem mais, desde bens duráveis a iogurtes e bolachas.

Na medida em que a inflação diminuía, a popularidade de Fernando Henrique Cardoso aumentava.

Com a ajuda da mídia que o batizou como Pai do Real, ele se lançou na disputa presidencial pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

Fim do governo Itamar Franco

A campanha de Fernando Henrique se apoiou em imagens de prosperidade e modernidade. Já o seu adversário, Lula, do Partido dos Trabalhadores (PT), baseou-se em cenas de exclusão social e pobreza.

Com isso, FHC foi eleito já no primeiro turno com 54,2% dos votos válidos. Lula ficou em segundo lugar.

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