É bom ficar de olho! El Niño se despede, mas prepare-se para o La Niña

Inmet informa que o fenômeno entrou em fase de neutralidade; No entanto, La Nina não deve demorar a chegar.

O fenômeno natural El Niño está chegando ao fim. Pelo menos é o que destaca o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ao explicar que o fenômeno entrou em sua fase de neutralidade em abril. Isso ocorre porque as temperaturas do oceano sofreram uma redução substancial.

Foi registrado um resfriamento substancial das temperaturas da superfície do mar (TSMs) que, nos últimos cinco dias, chegaram a valores próximos a 0,5ºC (graus Celsius) acima da média na área de referência para definição do evento, denominada região de Niño 3.4. Esse valor de temperatura é considerado o limite para o início da fase neutra do oceano, informa o órgão.

Ao que tudo indica, essa condição de neutralidade deve se estender até meados de junho.

El Niño X La Niña

Vale lembrar que o El Niño é um fenômeno climático marcado pelo aquecimento das águas superficiais do oceano Pacífico Equatorial. Essa alteração de temperatura interfere nos padrões atmosféricos e oceânicos, gerando mudanças no clima de todo o planeta.

O fenômeno geralmente se associa ao aumento das temperaturas atmosféricas, chuvas intensas em algumas áreas e secas em outras. Isso interfere nos padrões de chuva de todo o globo, trazendo consequências como enchentes e secas severas, que geram impactos na agricultura, pesca e até mesmo nos ecossistemas marinhos.

A grande questão é que, se o El Niño se despede, é sinal de que a La Niña se aproxima. Neste caso, o fenômeno ocorre a partir de um resfriamento anômalo das águas superficiais do oceano Pacífico Equatorial.

A ação gera mudanças nos padrões atmosféricos e oceânicos, afetando o clima do planeta. Neste caso, as temperaturas atmosféricas tendem a diminuir e as chuvas se tornam mais escassas em algumas regiões, enquanto outras enfrentam aumento das precipitações.

Em outras palavras, o La Niña pode gerar secas prolongadas, invernos mais rigorosos e até mesmo tempestades tropicais e furacões. Por isso, espera-se que o La Niña tenha impactos na agricultura, recursos hídricos, ecossistemas e economias em escala global.

Assim, as previsões apontam para chuvas acima da média, a partir de junho, em áreas da região Norte, Minas Gerais e Bahia. Já no Sul, castigado por enchentes decorrentes do El Niño, deve ter chuvas abaixo da média.

Por fim, segundo o Inmet, a persistência e a expansão de áreas mais frias em direção à parte central do oceano são condições favoráveis para a formação do fenômeno La Niña. A previsão é que os impactos sejam mais fortes no segundo semestre do ano.

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