Estudantes recorrem à justiça contra universidade por curso 'inútil'
Conheça o caso dos estudantes que se sentiram enganados pelo curso que a universidade ofereceu.
Estudantes da James Cook University (JCU), localizada em Townsville, Queensland, Austrália, estão tomando uma medida drástica para buscar reparação, após descobrirem que o curso ao qual se dedicaram durante anos não atendia às suas expectativas.
Entenda o caso dos estudantes contra a JCU
Cerca de 20 estudantes foram atraídos por um vídeo promocional que enfatizava a especialização na área financeira e prometia capacitá-los para se tornarem consultores de finanças ao cursarem Negócios e Comércio. Movidos por essa perspectiva empolgante, ingressaram no curso com grandes expectativas de um futuro promissor.
No entanto, ao se aproximarem da conclusão do curso, a dura realidade veio à tona: a JCU não possuía a credencial necessária para desenvolver a especialização e formar consultores financeiros licenciados.
Sentindo-se enganados, os estudantes uniram-se para tomar uma ação coletiva contra a instituição, buscando reparação pelos anos investidos em um curso que foi considerado “inútil”.
Sentindo-se prejudicados financeira e emocionalmente, os estudantes tentaram resolver o problema com a administração da universidade, mas encontraram pouco sucesso em suas tentativas.
Movidos pela indignação, eles buscaram reparação legal por meio de uma ação coletiva. Foram representados pelo advogado Duke Myerteza, que ressaltou nunca ter visto um caso semelhante em seus 30 anos de experiência.
Em resposta, a JCU afirmou que o curso recebeu credenciamento a partir de 1º de julho de 2022 e que os alunos, de fato, receberam diplomas credenciados. No entanto, os estudantes argumentam que a universidade não deveria ter anunciado os cursos como credenciados antes dessa data, pois não atendiam aos requisitos necessários.
O cerne da ação coletiva busca compensações pelos danos causados pela falta de informações precisas sobre a credencial do curso, o que impactou negativamente a trajetória profissional e acadêmica dos estudantes envolvidos, que agora buscam seus direitos.
Agora, resta aguardar o desenrolar desse caso, que levanta questões importantes sobre responsabilidade e transparência na oferta de cursos universitários.