Expressões idiomáticas no Brasil
Expressão idiomática é uma frase que possui um significado diferente do de cada palavra.
Se você já ouviu falar que tudo vai “acabar em pizza” ou que alguém está “andando nas nuvens”, você já ouviu expressões idiomáticas, mesmo sem conhecer esse termo.
Uma expressão idiomática acontece quando um termo ou frase assume um significado diferente do que cada palavra significa. Assim, expressões idiomáticas são interpretadas como um todo, ao invés de entendidas palavra por palavra.
Desse modo, expressões idiomáticas são aprendidas de forma natural e assimiladas junto com todo o contexto da conversa. Além disso, também podem atingir todos os aspectos da vida e diferentes camadas sociais, contextos e tipos de linguagem.
Razões para o uso de expressões idiomáticas
As expressões idiomáticas surgem para acrescentar algo ao que é falado ou escrito que não poderia ser expressado por meio da linguagem convencional. Assim, as expressões idiomáticas podem exercer diversas funções, como:
- Tornar uma frase mais impactante;
- Suavizar uma frase;
- Intensificar sentimentos;
- Adicionar humor ou ironia;
- Insinuar algo implícito no contexto.
Além disso, conhecer expressões idiomáticas também mostra domínio do idioma, já que são termos aprendidos por meio da experiência comunicativa.
Expressões idiomáticas no Brasil
Existem diversas expressões idiomáticas no Brasil que não estão presentes em outros países de Língua Portuguesa, como Portugal e Moçambique. Além disso, nem todas as expressões idiomáticas brasileiras são conhecidas em todo o país, devido a grande variedade linguística.
Portanto, confira 50 das inúmeras expressões idiomáticas utilizadas no Brasil e os seus significados.
- Abandonar o barco: desistir;
- Acabar em pizza: situação não resolvida que acaba encerrada (usada principalmente em casos de corrupção);
- Adoçar a boca: elogiar alguém para conseguir um favor;
- Advogado do diabo: pessoa que defende algo que não é digno de defesa;
- Andar feito batata tonta: andar distraído;
- Babar ovo: adorar alguém exageradamente;
- Banho de gato: banho rápido e superficial;
- Bater na mesma tecla: insistir demais em um assunto;
- Botar o carro na frente dos bois: se antecipar em uma situação e acabar atrapalhando;
- Cair a ficha: entender algo após o fim da situação;
- Chutar o balde/pau da barraca: agir de maneira irresponsável em relação a algo;
- Comer cru e quente: ser apressado;
- Cutucar a onça com vara curta: perturbar alguém indevidamente;
- Dar com a cara na porta: receber um “não” como resposta;
- Dar com a língua nos dentes: dizer algo que não podia;
- Descascar o abacaxi: resolver uma questão complicada;
- Engolir sapo: fazer algo contrariado ou acumular mágoas;
- Estar com a corda toda: estar muito animado;
- Estar com dor de cotovelo: estar chateado por uma decepção amorosa ou estar com ciúmes;
- Fazer tempestade em copo d’água: transformar pequenas coisas em grandes problemas;
- Feito cego em tiroteio: alguém desorientado ou perdido;
- Gritar a plenos pulmões: gritar com muita força;
- Ir catar coquinho/pentear macaco: pedir para alguém não se intrometer no assunto;
- Ir desta para melhor: morrer;
- Jogado para escanteio: ser colocado de lado ou ignorado;
- Lavar a roupa suja: resolver questões difíceis com alguém;
- Levado da breca: pessoa difícil, que faz coisas de forma inconsequente;
- Levantar com o pé esquerdo: ter um dia ruim;
- Matar a cobra e mostrar o pau: assumir algo de maneira intensa;
- Meter o dedo na ferida: insistir em uma questão problemática ou difícil;
- Meter o rabo entre as pernas: acovardar-se;
- O gato comeu a língua: pessoa muito calada;
- Onde Judas perdeu as botas: lugar muito longe;
- Pendurar as chuteiras: desistir ou se aposentar;
- Pensar na morta da bezerra: distrair-se;
- Procurar chifre em cabeça de cavalo: procurar problemas que não existem;
- Prometer mundos e fundos: fazer promessas exageradas;
- Quebrar o galho: improvisar ou dar uma solução que não resolve o problema completamente;
- Resolver pepino: solucionar problemas;
- Riscar do mapa: fazer sumir;
- Segurar vela: ser solteiro e sair com casais;
- Sem eira nem beira: pessoa que não tem rumo;
- Ser um chato de galocha: pessoa desagradável ou muito crítica;
- Ser uma mala sem alça: pessoa difícil de ser tolerada;
- Tirar o cavalo ou cavalinho da chuva: desistir de algo;
- Tirar água do joelho: urinar;
- Trocar seis por meia dúzia: trocar uma coisa por outra que não vai fazer diferença;
- Viajar na maionese: dizer algo sem sentido ou não entender alguma coisa por estar distraído;
- Virar a casaca: mudar de ideia;
- Volta à vaca fria: retomar um assunto inicial depois de uma divagação.