O controle de internet na China acabou de ficar mais rígido para jovens

O governo chinês revelou recentemente uma série de medidas adicionais para enfrentar o crescente problema do vício em tecnologia entre crianças e adolescentes no país. A Agência de Administração do Ciberespaço da China liderou o desenvolvimento dessas ações, que se concentram principalmente nas redes sociais e no acesso à internet.

Entenda os motivos

Fonte: pearleye/Canva Pro

Uma das principais medidas anunciadas é a determinação de um “modo para menores de idade” que será incorporado em smartphones, tablets e smartwatches vendidos na China.

Esse modo especial tem o objetivo de impor restrições e limitações de conteúdo com base na faixa etária dos usuários e também no horário de uso. Com isso, espera-se reduzir o tempo excessivo gasto por crianças e adolescentes nessas plataformas.

De acordo com as novas regras, os adolescentes com idade entre 16 e 18 anos serão permitidos a usar seus dispositivos móveis por no máximo duas horas diárias.

Além disso, o “modo para menores de idade” será programado para restringir o acesso à internet no período entre 22h e 6h. É importante ressaltar que os pais terão flexibilidade para ajustar manualmente algumas dessas restrições, caso julguem necessário.

Embora as plataformas online sejam responsáveis por garantir o cumprimento das novas exigências, o texto oficial divulgado não especifica quais seriam as penalidades para o não cumprimento das medidas.

Atualmente, o projeto está aberto para receber opiniões e sugestões da população chinesa até o dia 2 de setembro antes de ser oficializado. Portanto, a data exata em que as restrições entrarão em vigor ainda não foi estabelecida.

Vale destacar que essa não é a primeira vez que o governo chinês intervém para enfrentar o vício em tecnologia entre os mais jovens. No ano de 2021, a empresa Tencent foi obrigada a limitar o tempo de jogo para crianças e adolescentes como parte das políticas governamentais para combater esse problema.

Adicionalmente, diversas empresas chinesas têm requerido o registro de usuários com seus nomes reais, seguindo as medidas restritivas estabelecidas pelo governo local.

Essas medidas têm como objetivo garantir o bem-estar e o desenvolvimento saudável das crianças e dos adolescentes, ao mesmo tempo em que buscam abordar os desafios causados pelo uso excessivo da tecnologia.

A expectativa é a de que, com essas ações, a China possa estabelecer um equilíbrio adequado entre o acesso à tecnologia e a proteção da saúde mental e do tempo de lazer dos mais jovens.