Cobra-coral: Características, habitat, reprodução, alimentação e falsa-coral
A cobra-coral é uma das serpentes mais peçonhentas do mundo, sendo tão perigosa que outras cobras imitam as cores da cobra-coral para afastar outos animais.
As cobras são répteis sem patas que pertencem a ordem Squamata, a mesma dos lagartos. Uma característica peculiar das cobras é que um quarto delas são peçonhentas.
A peçonha é uma substância tóxica que serve para o animal se defender ou atacar presas. Ao contrário do veneno, a peçonha só pode ser produzida por animais que tem um aparato natural no corpo para inserir a toxina em outro ser, como é o caso dos dentes das cobras.
Uma das cobras peçonhentas mais conhecidas é a cobra-coral, que também pode ser chamada de cobra-coral-venenosa, coral-venenosa, coral-verdadeira, ibiboboca, ibiboca e ibioca. A peçonha da cobra-coral é extremamente perigosa, pois é neurotóxica, ou seja, afeta o cérebro. Assim, uma picada de cobra-coral pode causar dificuldade para respirar, dormência e caimento das pálpebras, podendo levar à morte em algumas horas. Uma pessoa picada deve procurar atendimento imediato.
Confira as características da cobra-coral, como habitat, reprodução, alimentação, e as diferenças entre uma coral-verdadeira e uma falsa-coral.
Características da cobra-coral
Existem mais de 80 espécies de cobra-coral ao redor do mundo. Apenas no Brasil, são conhecidas mais de 32 espécies de cobras-corais-verdeiras.
No geral, as cobras-corais tem o corpo formado por vários anéis. Essas cobras podem apresentar tons vermelho, laranja, amarelo, branco e preto. Existem diversos padrões dessas cores nas diferentes espécies de cobra-coral. Também podem existir cobras-corais com albinismo, em que a cobra é branca, ou melanismo, em que a cobra é principalmente preta.
A cobra-coral possui cabeça oval, coberta por escamas grandes, e olhos pequenos e pretos. O corpo das cobras-corais é cilíndrico com escamas lisas e uma cauda curta, podendo atingir até dois metros de comprimento. Os dentes da cobra-coral são frontais para poder injetar a peçonha com facilidade.
Habitat da cobra-coral
As cobras-corais estão presentes na África, Ásia, Austrália, América Latina e nos Estados Unidos. No Brasil, a cobra-coral pode ser encontrada em todos os estados, sendo mais frequente no Pará, Maranhão e Amapá.
Na maior parte do tempo, essa cobra vive escondida embaixo de folhagens e troncos, enrolada no próprio corpo. A cobra-coral tem hábitos noturnos, preferindo sair das tocas subterrâneas durante a noite. Algumas espécies de cobra-coral também possuem hábitos aquáticos.
Mesmo sendo perigosas, as cobras-corais só atacam quando se sentem ameaçadas.
Alimentação e reprodução da cobra-coral
A cobra-coral se alimenta de outros animais menores, como cobras, peixes, lagartos e anfíbios, entre outros. Sendo assim, a cobra-coral é um animal carnívoro.
Além da alimentação, outra situação em que uma cobra-coral sai da toca é para reprodução. A cobra-coral é um animal ovíparo, ou seja, que se reproduz por meio de ovos. Após o acasalamento, a fêmea põe de 3 a 18 ovos, que se abrem cerca de 90 dias depois.
Coral-verdadeira X Falsa-coral
A coloração das cobras-corais indica perigo e faz com que outros animais não se aproximem dessas cobras. Por causa disso, outras espécies com veneno menos tóxico e não venenosas imitam as cores das cobras-corais, um fenômeno chamado de mimetismo. As cobras que mimetizam as corais-verdadeiras são conhecidas como falsas-corais.
Popularmente, foi criada a ideia de quando as cores vermelho e preto estão separadas no corpo da cobra se trata de uma coral-verdadeira. Quando as duas cores estão juntas, é uma falsa-coral. No entanto, a ideia está errada. Existem diversos padrões de cobras-corais, assim como existem de falsas-corais. Logo, não é confiável se aproximar de uma cobra em qualquer situação.
A única maneira de diferenciar uma cobra-coral-verdadeira de uma falsa-coral é pela dentição. As presas das cobras-corais são na parte frontal, enquanto a falsa-coral tem presas de veneno na parte de trás ou não possuem esses dentes. No entanto, também não é indicado investigar a cobra por conta própria.
Falsas-corais também podem imitar comportamentos de uma coral-verdadeira, como o hábito de se enrolar no próprio corpo. Além disso, é importante lembrar que algumas falsas-corais também podem ser venenosas. Logo, o melhor é sempre evitar a aproximação da cobra. Em caso de picada, a pessoa deve ser levada imediatamente ao hospital mais próximo para receber o soro antielapídico.