Aulas presenciais: pedagoga dá dicas para facilitar o retorno
Psicóloga ressalta importância do trabalho conjunto entre escola e pais no retorno ao ensino presencial.
O retorno às aulas pode ser um momento complicado para algumas crianças, visto que significa o fim das férias. Com o período maior em casa em decorrência do isolamento social impulsionado pela pandemia de covid-19, a volta ao ensino presencial pode ser ainda mais difícil.
Ainda que algumas crianças estejam animadas para rever amigos, outras podem achar estranho ficar distante da família após tanto tempo em casa. Nesse sentido, Regina Mara Conrado, psicóloga, pedagoga e escritora do livro ‘Filhos e Alunos Sem Limites: Um Desafio Para Pais e Professores’, deu algumas dicas para esse momento.
Ela aponta que a pandemia e o isolamento social tiraram os pequenos de seus círculos sociais de forma brusca, afetando o psicológico da criança. “De uma maneira repentina e assustadora foi imposto as crianças e jovens que ficassem em isolamento social. A própria família também não soube lidar com tal situação, tendo que conviver e viver vinte quatro horas por dia”, afirmou em entrevista ao portal IG.
Para ela, a situação trouxe sintomas psicológicos: “Diante deste quadro a criança respondeu com sintomas de inseguranças, ansiedades generalizadas, insônias, apetite compulsivos ou perda do mesmo, depressão e tristeza”, ressalta.
A psicóloga, no entanto, aponta que a escola pode auxiliar as crianças a se estabilizarem: “Enriquecemos socialmente, culturalmente, emocionalmente e intelectualmente no ambiente em que vivemos. Acredito que a médio prazo a estabilidade emocional vai retomando seu estado. Daí a importância do retorno a escola respeitando todos os protocolos de segurança”.
Nesse sentido, Mara ressalta a importância do trabalho conjunto entre escola e pais: “Essa postura precisa ser unificada juntamente com a escola para que a criança compreenda que professores e pais estão juntos. A família precisa demonstrar que acredita no trabalho do professor e da escola para que a criança sinta-se segura e acredite também na escola, enfraquecendo a tão famosa ‘birra'”.
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