Finanças pessoais: é melhor saldar dívidas, construir riqueza ou tirar férias?

Saiba por onde começar a estruturar uma vida financeira mais saudável e organizada.

A vida financeira de muita gente não tem sequer planejamento. Dívidas no cartão de crédito, financiamentos atrasados e gastos maiores do que os ganhos são comuns. Para começar a colocar a casa em ordem e ter uma organização financeira que trará bons frutos a médio prazo, o primeiro passo é saldar as dívidas.

Nesse contexto, um levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que 76,9% dos brasileiros estavam endividados. Os dados são de dezembro do ano passado.

A questão é que muitas destas dívidas são ocasionadas por comportamentos que podem ser evitados. O primeiro deles é o consumo impulsivo. Isso porque muitas pessoas recorrem a compras por impulso como uma forma de lidar com o estresse ou mesmo com emoções negativas, como frustrações e tristezas.

Outro fator é que muita gente deseja manter uma vida de aparências para se enquadrar em determinados grupos sociais que não condizem com sua realidade financeira.

Empréstimos e endividamento

É importante também ter em mente que, quanto mais fácil o acesso ao dinheiro que não é seu, maiores serão os juros cobrados. Para se ter uma ideia, as taxas de juros do cartão de crédito (8% a.m.) e do cheque especial (12,5% a.m.) são altas e, justamente pela facilidade de uso, são dois dos principais meios de endividamento dos brasileiros. Para se ter uma ideia de quão abusivas são essas taxas, nenhum investimento apresentará taxa sequer parecida.

Além disso, essa situação de dívidas muito altas causa estresse financeiro, assim como ansiedade e outros problemas psicológicos. Portanto, quitar essas dívidas também significa trazer alívio e segurança para o indivíduo.

Também não se pode esquecer que o pagamento de uma dívida é também uma forma de economizar dinheiro, pois a pessoa deixa de arcar com juros, o que faz muita diferença em seu planejamento financeiro de longo prazo.

Reserva financeira e aprendizagem

Com as dívidas quitadas, o próximo passo é organizar-se para a construção de uma reserva de emergência. Para isso, é possível optar por investimentos com liquidez diária, como, por exemplo, o CDB, fundo de renda fixa simples ou Tesouro Selic.

Também é importante ter metas claras e mensuráveis, afinal, guardar dinheiro apenas por guardar não se justifica. Portanto, organize metas de curto, médio e longo prazo e utilize o poder dos juros compostos a seu favor. Em outras palavras, quanto mais cedo começar a investir, mais tempo seus investimentos terão para crescer exponencialmente.

A partir da elaboração de suas metas, busque aprender tudo o que puder sobre finanças pessoais e investimentos. O conhecimento minimiza as chances de erros no processo. Se possível, procure também o auxílio de um consultor financeiro para receber orientações personalizadas.

Por fim, não se esqueça de viver. Tirar férias é um bom exemplo disso. Elas podem facilmente estar dentro de seu planejamento financeiro, afinal é possível se divertir sem gerar endividamentos. Para isso, planeje seu descanso de forma antecipada, tenha noção dos custos e faça orçamentos. Se divertir não precisa ser sinônimo de desorganização financeira. É possível viajar e ainda assim manter os seus planos de construção de riqueza.

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