Conheça: Benjamin Constant

Professor carioca foi responsável pela adoção do lema 'Ordem e Progresso' na Bandeira Nacional

Benjamin Constant (1833 – 1891) nasceu em Niterói, Rio de Janeiro, e passou toda sua vida dentro do estado. Filho dos portugueses Leopoldo Henrique Botelho e Bernadina Joaquina da Silva que, após virem de Portugal para o Brasil, fizeram duas tentativas frustradas de administrarem negócios próprios.

Foi idealizador do lema da bandeira nacional brasileiraOrdem e Progresso“, com inspiração na frase baseada na teoria positivista do francês Auguste Comte “O amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim”.

Casou-se com Maria Joaquina Bittencourt em abril de 1865, filha do diretor do Instituto Imperial dos Meninos Cegos, Claudio Luis da Costa, com quem teve quatro filhas e um filho. Faleceu na mesma cidade em que nasceu, em Niterói, em janeiro de 1891, vítima de complicações da malária que adquiriu anos anteriores.

O Instituto dos Meninos Cegos, criado pelo imperador D. Pedro II em 1854, em que Benjamin Constant atuou como professor de matemática e diretor teve seu nome alterado em homenagem a ele. A partir de 1891 passou a ser chamado Instituto Benjamin Constant. A instituição foi fechada em 1937, mas reaberta em 1944.

Foto: Wikipédia – Benjamin Constant

Trajetória profissional

Trabalhou como pedreiro e depois ingressou no Mosteiro de São Bento para estudar. Logo após, ingressou no Exército e, em 1952, transferiu e finalizou seus estudos na Escola Militar. Se especializou em Engenharia e foi condecorado como doutor em matemática e ciências físicas.

Em 1854 deu início a sua carreira de professor dando aulas de matemática na mesma escola em que se formou. Já no exército, em 1855 foi promovido a porta-bandeiras e, no mesmo ano, finalizou seu curso de engenharia militar.

Se matriculou na Escola Central de Química, Mineralogia e Geologia em 1859, mesmo ano em que novamente foi promovido no exército, ocupando o cardo de primeiro-tenente. Obteve o grau de bacharel em ciências físicas e matemáticas e se tornou professor concursado de matemática do Colégio Pedro 2º, uma instituição de ensino pública federal do Rio de Janeiro.

Por se inspirar nos ideais positivistas, passou a difundir suas crenças em suas aulas na Escola Militar. Seguindo essa linha, considerava o exército como grupo mais adequado a guiar o Brasil, por considerá-los objeto de transformação republicana no Brasil.

Um ano após seu casamento, em 1866, foi promovido a capitão do Exército e acabou por integrando as missões realizadas durante a Guerra do Paraguai. Após retornar de uma licença médica por ter adquirido malária, requisitou dispensa do Exército, com o objetivo de se dedicar a magistratura. Entretanto, após ter sua dispensa negada, retornou ao Instituto dos Meninos Cegos, onde foi professor de matemática em 1862, ocupando o cargo de diretor.

Fundou e se tornou presidente do Clube Militar (1887), que funcionava como um centro de propaganda republicana. No fim de 1889, foi responsável pela sessão que decidiu a queda do Regime Imperial e instaurou a República. Em seguida, integra o Ministério de Guerra do Governo Provisório e, em seguida, o cargo de General-de-Brigada do Exército.

Entretanto, foi afastado do cargo pouco tempo depois, por discordar de muitos ideais pregados pelo presidente Deodoro da Fonseca. Após seu afastamento, foi criada a pasta da Instrução Pública, Correios e Telégrafos unicamente para que Constant assumisse.

Frases ditas por Benjamin Constant

“Verifiquei que, aos homens, se devia agradecer o menos possível, porque o reconhecimento que lhes testemunhamos os convence, facilmente, de que estão a fazer de mais!”

“Nós somos criaturas de tal modo volúveis que até acabamos por sentir os sentimentos que fingimos.”

“A gratidão tem memória curta.”


“A calúnia é um assassino moral.”


“Quando a imprensa é livre, as vantagens da liberdade contrabalançam-lhe os inconvenientes.”


“A maior parte dos homens, em política como em tudo, atribui os resultados das suas imprudências à firmeza dos seus princípios.” 


“O grande problema da vida é a dor que causamos, e a metafísica mais engenhosa não justifica o homem que despedaçou o coração que o amava.”


“Infeliz daquele que, nos primeiros instantes de uma ligação amorosa, não acredita que ela vai ser eterna!”


“As ideias são propriedade comum de toda a gente; só os autores de vaudevilles reclamam contra o plágio.”


“Sou como um paralítico que encontrou na imobilidade o meio de evitar as suas quedas.”


“As precauções de que ele se rodeou para que esse pressentimento se não realizasse fizeram precisamente que ele se houvesse concretizado”


“A maior parte dos homens, em política como em tudo, atribui os resultados das suas imprudências à firmeza dos seus princípios.”

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