Horário de verão não vai voltar em 2024; entenda a decisão

O horário de verão não será adotado em 2024, segundo o Ministério de Minas e Energia. Veja os motivos e o impacto da decisão.

Na última quarta-feira, dia 16 de outubro, o Ministério de Minas e Energia, representado pelo ministro Alexandre Silveira, anunciou que o horário de verão não será retomado em 2024.

De acordo com o ministro, a decisão foi tomada com base em análises técnicas que apontaram estabilidade no cenário energético do país. O aumento das chuvas e a recuperação dos níveis dos reservatórios de hidrelétricas foram fatores cruciais para essa escolha.

“Não há necessidade de decretar o horário de verão para este período, para este verão. Nós temos a segurança energética assegurada”, afirmou o ministro, durante uma coletiva de imprensa. As informações são do Canal Tech.

Análise técnica e saúde pública envolvendo o horário de verão

O horário de verão foi adotado pela primeira vez na gestão do presidente Getúlio Vargas. Foto: lovemelovemypic / Getty Images

A discussão sobre a volta do horário de verão envolveu tanto aspectos energéticos quanto de saúde pública. De um lado, especialistas defendem que a economia de energia não seria tão significativa, principalmente diante da recuperação das chuvas e do cenário hidrelétrico.

Por outro lado, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da USP alertam para os possíveis impactos negativos na saúde, como alterações no sono e no apetite, que são comuns com a mudança de horário.

Estudos indicam que o horário de verão pode trazer mais efeitos negativos na saúde do que os benefícios econômicos anteriormente previstos. O ciclo de luz e escuridão, essencial para o bem-estar e equilíbrio do corpo humano, seria alterado pela mudança no relógio, afetando diretamente o humor e o rendimento das pessoas.

Clima e abastecimento energético

A melhora do cenário hídrico no Brasil foi um dos fatores cruciais para a decisão.

O país enfrentou uma seca histórica nos últimos anos, mas, de acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), as chuvas recentes ajudaram a reverter essa situação, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

“Agora, [o cenário] já dá demonstrações de estarmos passando pelo momento mais crítico, com chuvas no Sudeste e chuvas na cabeceira de alguns rios importantes no Brasil”, destaca Silveira.

Ele também mencionou que o avanço das energias renováveis, como a energia solar, tem contribuído para equilibrar a oferta energética, reduzindo a dependência das termelétricas, que têm custo mais elevado.

*Com informações de CanalTech.

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