Para a geração Z, por que os 18 anos já não marcam mais o início da vida adulta?
Entenda por que os jovens da geração Z estão adiando a transição para a vida adulta e o que está por trás dessa mudança.
Se há algum tempo completar 18 anos significava automaticamente “entrar na vida adulta”, hoje esse conceito parece estar mudando, especialmente para a geração Z.
Com o mundo passando por tantas transformações, muitos jovens estão postergando esse marco. Mas afinal, o que define ser adulto para essa nova geração?
Vida adulta começa depois dos 18?
De acordo com um estudo da Life Happens, chamado Adulting Across Generations, para a geração Z, a vida adulta está chegando muito mais tarde do que o esperado.
Enquanto legalmente a maioridade ocorre aos 18 anos, a realidade mostra que a maioria dos jovens não se sente realmente adulta nessa fase.
Segundo a pesquisa, muitos jovens acreditam que só são adultos de verdade quando conseguem pagar suas próprias contas (56%), conquistar independência financeira (45%) e assumir responsabilidades mais sérias, como trabalho e a mudança para fora da casa dos pais.
Por outro lado, apenas 11% dos entrevistados da geração Z afirmam que já se consideram adultos, mesmo tendo conquistado essas metas. Isso mostra que o conceito de “ser adulto” não está mais atrelado à idade ou aos marcos tradicionais, mas sim à sensação de estabilidade e realização pessoal.
O peso do custo de vida para a geração Z
Grande parte desse adiamento tem a ver com os desafios econômicos. Hoje, a geração Z enfrenta um cenário onde o custo de vida é muito mais alto do que para gerações anteriores. Comprar uma casa, pagar por um aluguel acessível ou mesmo manter as despesas básicas se tornou uma tarefa cada vez mais difícil.
Por isso, para muitos, a vida adulta, na prática, só começa por volta dos 30 anos. Cerca de 71% dos participantes da pesquisa concordaram que ser adulto hoje é muito mais complicado do que há 30 anos, seja por questões financeiras ou até mesmo pelas incertezas do mercado de trabalho.
Muitos jovens afirmam que a pressão para conquistar essas metas é imensa e isso faz com que a transição para a vida adulta pareça mais difícil de alcançar. Comprar um imóvel, por exemplo, já não faz parte dos planos de muitos jovens, simplesmente porque é algo distante da realidade.
No fim das contas, o que essa mudança reflete é que a vida adulta, para a geração Z, não está mais relacionada apenas a conquistas materiais, como casa, carro ou estabilidade financeira.
Cada vez mais, ser adulto significa encontrar um equilíbrio entre responsabilidades e bem-estar pessoal, e muitos jovens estão priorizando questões como saúde mental e qualidade de vida.
*Com informações de IGN.