Você já viu um pombo à noite? Entenda porquê eles somem ao final do dia
Tais aves são comuns em grandes centros urbanas, mas sempre avistadas durante o dia.
Seja em parques, praças ou mesmo na rua, é bem comum ver pombos (Columba livia) ocupando essas áreas. No entanto, dificilmente se vê esse tipo de ave à noite nesses mesmos lugares. O padrão de comportamento ocorre porque os pombos são aves predominantemente diurnas. Eles dependem da visão para localizar predadores, outras ameaças e até mesmo para buscar por comida.
Depois de passarem o dia buscando por comida, os pombos voam, ao entardecer, para os chamados pombais. Em outras palavras, essas aves procuram locais de descanso em áreas elevadas e seguras.
Pode ser uma torre de igreja, beirais de edifícios ou mesmo árvores e postes. O objetivo é garantir a segurança ao estar longe de predadores como gatos, falcões, gaviões e corujas.
A visão dessas aves sociais
Os pombos quase sempre estão em grupos. Esse comportamento social também é uma tentativa de se proteger de predadores. Um fato curioso é que, diferentemente de outras aves, os pombos têm uma visão adaptada para a luz, e daí vem a preferência pelas praças e parques, ou seja, locais iluminados.
Isso ocorre porque os olhos dos pombos são ricos em células-cone, que respondem à luz do Sol, além de serem responsáveis pela percepção das cores.
Assim, eles são tetracromatas (que possuem quatro tipos de cones fotossensíveis em suas retinas), percebendo algumas cores que os seres humanos e outros animais com visão tricromática não percebem da mesma forma.
Os pombos conseguem captar as cores ultravioleta, azul, verde e vermelho. Diante disso, em cenários com falta de luz, eles perdem a capacidade de ver claramente, deixando-os mais vulneráveis a predadores.
Ecossistemas urbanos
Apesar de os pombos serem aves odiadas por muitos seres humanos, ao observar o comportamento dessas aves, fica clara a sua importância para os ecossistemas urbanos.
É um fato, por exemplo, que elas contribuem para a limpeza urbana, uma vez que consomem restos de comida. Além disso, compõem a cadeia alimentar urbana, ao serem presas para predadores como corujas e falcões.