Governo Juscelino Kubitschek

O governo de Juscelino Kubitschek foi marcado pela democracia, estabilidade política, aumento da inflação e da dívida externa.

Juscelino Kubitschek foi presidente do Brasil entre os anos de 1956 a 1961, tendo João Goulart como seu vice.

O governo de JK foi marcado por ousadas propostas, como a construção de Brasília e o Plano de Metas, representado pela frase “cinquenta anos em cinco”.

Biografia

Juscelino Kubitschek nasceu no interior do estado de Minas Gerais, na cidade de Diamantina, no dia 12 de setembro de 1902.

Em 1927, se formou em medicina e foi morar em Paris para se especializar em urologia. Em 1933, JK se torna chefe do gabinete civil de Benedito Valadares, então interventor (governador) de Minas Gerais.

Em 1935, é eleito como deputado federal e em 1937 é deposto do cargo em razão do golpe de Estado promovido por Getúlio Vargas e apoiado por militares.

Em 1940, se torna prefeito de Belo Horizonte, governando a cidade ao mesmo tempo em que exercia a medicina.

Em 1945, abandona a medicina e passa a ser dedicar exclusivamente à política. Nesse mesmo ano, Juscelino foi um dos colaboradores para a formação do Partido Social Democrático (PSD).

Na capital mineira realizou grandes obras, incluindo o conjunto arquitetônico da Pampulha, idealizado por Oscar Niemeyer. Em 2016, essa construção ganhou o título de Patrimônio Cultural da Humanidade.

Governo Juscelino Kubitschek

Juscelino Kubitschek se elegeu prometendo fazer o Brasil avançar 50 anos em 5. Com uma política baseada no desenvolvimentismo, JK investiu na industrialização e modernização do país.

Para ele, o governo federal deveria atrair capital estrangeiro a partir da isenção dos impostos das multinacionais aqui instaladas.

Logo no início do seu mandato, ele apresentou o Plano de Metas, um plano que visava investimentos públicos em cinco áreas:

  • Educação
  • Alimentação
  • Indústria
  • Energia
  • Transporte

Tanto a educação quanto a alimentação receberam as menores verbas. Já ao setor energético, transporte e industrial, seriam direcionadas as maiores quantias dos cofres públicos.

O governo JK investiu milhões na indústria de base, construindo hidrelétricas, siderúrgicas, portos e estradas de rodagem.

Além disso, seu governo atraiu várias empresas multinacionais que instalaram suas fábricas no Brasil para fabricar bens de consumo.

As indústrias automobilísticas se destacaram. A região do ABC paulista se deparou com a instalação da Ford, General Motors, Willys Overland e Volkswagen.

Em termos financeiros, elas foram um sucesso. No entanto, o incentivo à fabricação de veículos fez com que o governo não investisse nos transportes públicos.

A economia brasileira chegou a atingir uma taxa de crescimento anual de 8%, comprovando que o Plano de Metas foi eficaz, em uma certa medida.

A construção de Brasília era chamada como meta-síntese. A ideia de transferir a capital federal para o centro do país, não era nova.

Projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e pelo urbanista Lúcio Costa, Brasília contou com a mão de obra de milhares de trabalhadores oriundos das mais variadas regiões do país, principalmente do nordeste. Em abril de 1960, depois de três anos consecutivos de trabalho, Brasília foi inaugurada.

O governo JK promoveu um rápido avanço industrial, no entanto, a inflação disparou, ultrapassando a taxa de crescimento anual.

Tal inflação gerou um grande descontentamento entre a população que não viam suas necessidades básicas serem atendidas.

Ao final do seu governo, as dificuldades econômicas só cresciam. A inflação, aliada ao alto custo de vida, gerou inúmeras greves, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro.

É importante destacar que o desenvolvimento comandado por Juscelino Kubitschek não atingiu igualmente todas as regiões do Brasil.

As indústrias se fixavam principalmente no Centro-Sul, aprofundando as diferenças socioeconômicas das regiões do país.

Esse fato fez com que muitas pessoas se mudassem para esses centros urbanos em busca de melhores condições de vida.

Com isso, milhares de nordestinos e mineiros – do interior do estado – se mudaram para o Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo.

O governo de Juscelino Kubitschek foi marcado pelo:

  • Crescimento industrial;
  • Aumento das desigualdades sociais e regionais;
  • Aumento da dívida externa e da inflação.

Fim do governo Juscelino Kubitschek

O último ano do mandato de Juscelino Kubitschek foi em 1960, ano em que ocorreram novas eleições que elegeram Jânio Quadros para presidente e João Goulart, para vice.

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