Governo Dilma Rousseff
Dilma Rousseff foi a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente do Brasil.
Dilma Rousseff foi a 36° presidente do Brasil, ocupando o posto presidencial entre os anos de 2011 a 2016.
Seu primeiro governo iniciou-se em 2011 e em 2014 ela foi reeleita para mais um mandato de quatro anos.
Contudo, Dilma Rousseff não chegou a cumprir o segundo mandato, acusada de improbidade administrativa.
Ela foi a primeira mulher a ser presidente do país, no entanto, sofreu impeachment antes de terminar seu governo.
Biografia
Dilma Vana Rousseff nasceu em 14 de dezembro de 1947, na capital de Minas Gerais, Belo Horizonte.
Oriunda de uma família de classe média alta, durante o ensino médio, ela participou de movimentos políticos na capital mineira.
Antes de completar 18 anos, Dilma já atuava ativamente no combate à ditadura militar, iniciada por meio de um golpe de Estado em abril de 1964.
Graduou-se em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1977. Iniciou o doutorado em Economia na Universidade Estadual de Campinas, mas não chegou a concluí-lo em razão de seu intenso envolvimento na política.
Nos anos de 1970, durante o regime militar, ela foi presa por subversão. Em 1979 integrou a campanha pela anistia das pessoas que foram presas devido ao regime e fundou o Partido Democrático Trabalhista (PDT), no Rio Grande do Sul.
Entre os anos de 1986 e 1988 ocupou o posto de secretária da Fazenda e entre 1993 e 1998 foi secretária de Energia, Minas e Comunicação do estado do Rio Grande do Sul.
Em 2003, durante o governo Lula, se tornou ministra de Minas e Energia. Nesta época, ela já estava filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Enquanto ministra, ela foi a responsável por criar o programa “Luz para Todos”, que tinha como principal objetivo, disponibilizar energia para todas as regiões do país, inclusive as mais remotas.
Em 2005 ela muda de ministério e passa a ocupar o posto de Ministra da Casa Civil, onde atua até 2010. Neste ministério, ela comandou o “Programa de Aceleração do Crescimento” e o “Minha Casa, Minha Vida”. Ambos os programas eram vistos como um dos pontos fortes do governo Lula.
Em 2010, Dilma Rousseff entra na disputa presidencial e vence o pleito com mais de 56% dos votos, se tornando a primeira mulher a ocupar o posto presidencial do Brasil.
Governo Dilma Rousseff
Já no primeiro ano do governo Dilma Rousseff, o mundo passava por uma intensa crise financeira, fato que impediu que o país crescesse expressivamente, como havia ocorrido até então.
Sendo assim, a economia brasileira cresceu somente 2,7% durante o primeiro ano do mandato da então presidente.
O ano de 2011 foi marcado pela fundação da Comissão Nacional da Verdade, com o intuito de investigar as violências ocorridas no país entre 1946 e 1988. Parte deste período compreendeu o regime ditatorial.
Em 2013, as investigações a respeito da violação aos direitos humanos cometidos durante a ditadura militar foram concluídas, identificando 434 vítimas do regime. As penalidades foram orientadas aos infratores.
Mesmo com o governo criando estímulos fiscais e financeiros para estimular a economia, o país começou a sofrer uma intensa desaceleração econômica que crescia junta com o descontentamento popular.
Sendo assim, o ano de 2013 foi o cenário das conhecidas “Manifestações de Junho”, que ocorreram em diversas cidades do país.
Entre as reivindicações, estavam:
- Baixos investimentos na saúde e educação;
- Violência policial;
- Altos gastos com a Copa do Mundo;
- Corrupção.
Estas manifestações foram marcadas pela intensa participação de jovens; pela reunião de pessoas oriundas das mais variadas classes sociais; pelo uso das redes sociais para mobilização e organização dos protestos e pela ausência de partidos políticos expressivos.
Em 2013, a então presidente lançou o programa “Mais Médicos”, que visava facilitar a entrada de médicos estrangeiros para exercerem a medicina nas pequenas cidades do país, no período de três anos.
Ainda em 2013, Dilma sancionou a lei que orientava 75% dos royalties da exploração do gás natural e do petróleo para a educação e 25% para a saúde.
Seu primeiro governo foi marcado por importantes eventos que exigiram altos gastos dos cofres públicos, a Copa das Confederações e a Copa do Mundo.
Durante a Copa do Mundo, ela aprovou o Plano Nacional de Educação (PNE) que determinou que o governo federal teria um prazo de 10 anos para investir 10% do PIB em educação, com 7% até o quinto ano.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), em 2014, o Brasil saiu do mapa da fome, através do programa “Brasil sem Miséria”, que tinha a missão de:
- Acabar com a extrema pobreza;
- Garantir renda;
- Garantir acesso a serviços;
- Inclusão produtiva.
Tais medidas garantiram avanços ao Bolsa Família. No final do mesmo ano, iniciou-se a disputa presidencial.
A corrida para o cargo foi marcada por duas coligações, a de Dilma (PT) e a de Aécio Neves (PSDB).
Dilma Rousseff venceu a disputa com 51,64% dos votos válidos. Seu segundo mandato iniciou-se com um fraco apoio do Congresso, com o declínio do crescimento econômico, aumento da inflação e baixa popularidade.
Além disso, seu declarado inimigo político, Eduardo Cunha (PMDB), presidia a Câmara dos Deputados.
Fim do governo Dilma Rosseff
Já no início do seu segundo mandato, Dilma foi acusada de crime de responsabilidade fiscal.
Em 2015, Eduardo Cunha autorizou a abertura do processo de impeachment contra a então presidente.
É importante destacar que Cunha foi um político acusado de cometer inúmeros crimes de corrupção, além de ser réu de um processo.
Não haviam acusações de corrupção contra Dilma até a votação do impeachment. Em abril de 2016, o Congresso aprova o processo e o direciona para o Senado.
Em maio, o Senado aprova o afastamento da então presidente por um período de seis meses, até a conclusão do processo.
Michel Temer, seu vice, assume a presidência do país interinamente.
Em 31 de agosto de 2016, o afastamento de Dilma Rousseff é efetivado e, com isso, Michel Temer assume de fato a presidência do país, ocupando o cargo até 2018.
É importante destacar que Dilma Rousseff não perdeu seus direitos políticos, ou seja, ela poderia concorrer a cargos eletivos.
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