A ariranha (Pteronura brasiliensis) é um mamífero semiaquático endêmico da América do Sul, ou seja, ele ocorre apenas nesse subcontinente, em países como Brasil, Peru, Colômbia, Paraguai, Venezuela, Suriname, etc.
Esse animal também é conhecido como lontra-gigante, vive em torno de 20 anos, pode ser encontrado em ambientes de água doce e é um dos maiores carnívoros presentes na América do Sul.
Características da ariranha
O corpo da ariranha é longo podendo chegar a 1,8 metro de comprimento e 45 quilos. Elas são recobertas por pelagem densa e escura e possuem apenas uma mancha branca no pescoço.
Elas têm uma cauda robusta e achatada, e membranas entre os dedos, características que auxiliam as ariranhas na hora de nadar.
Geralmente, as ariranhas escolhem viver em rios e lagos calmos, com abundância de alimentos, menor ação antrópica, vegetação densa e declives suaves nas margens.
As ariranhas são animais que vivem em grupos, podendo ter até 15 animais morando numa mesma toca. Elas são exímias caçadoras e se alimentam de peixes, alguns crustáceos, moluscos e também pequenos mamíferos, aves e répteis.
Reprodução das ariranhas
As ariranhas entram em idade reprodutiva por volta dois ou três anos, o cio das fêmeas pode durar de 7 a 10 dias e a gestação tem, aproximadamente, 70 dias.
As ariranhas podem dar à luz até cinco filhotes em uma única gestação. Elas constroem tocas na beirada dos rios ou lagos em que vivem e os filhotes permanecem dentro delas por pelo menos 1 mês e meio.
O cuidado parental das ariranhas permanece por cerca de um ano, até que os filhotes aprendam a caçar seu próprio alimento.
Ariranhas em extinção
As ariranhas são animais ameaçados de extinção pela perda de habitat. Segundo a classificação da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), as ariranhas estão na categoria “perigo”.
O desmatamento e a expansão das áreas urbanas são os principais responsáveis pela perda de habitat das ariranhas.
No entanto, a mineração, a atividade antrópica que polui o meio ambiente e a destruição da vegetação presente nas margens dos rios e lagos também contribuem para a ameaça de extinção desses animais.
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