Conjuração Baiana
A Conjuração Baiana foi um movimento que ocorreu na Bahia, no século XVIII.
O conflito iniciou-se devido ao descontentamento da elite baiana com a Coroa Portuguesa.
Resumo
A Conjuração Baiana teve seu início a partir da união de um grupo de oficiais e letrados numa sociedade secreta, a Cavaleiros da Luz. Nela, os integrantes liam Rousseau, Voltaire e organizavam o movimento.
O principal intuito do grupo, era proclamar a independência da Bahia e adotar o regime republicano.
Visando alcançar seus objetivos, eles decidiram difundir seus anseios à toda população baiana. Com isso, militares de baixo escalão, pequenos artesãos, homens livres pobres e modestos comerciantes começaram a integrar o movimento.
As camadas populares estavam insatisfeitas por não terem participação nos lucros obtidos pela colônia e por não verem nenhuma possibilidade de ascensão social.
Assim, gradativamente, o movimento começou a ser liderado e impulsionado pela população mestiça. O radicalismo tomou conta da revolta, quando ela começou a ser comandada por Manuel Faustino dos Santos Lira e João de Deus (alfaiates), Luiz Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas (soldados) e Luís Pires (ourives).
Em 1798, os revoltosos distribuíram panfletos em Salvador. Neles, encontrava-se o programa político do movimento:
- Igualdade de direitos independente da raça
- Independência
- Adoção do regime republicano
- Separação entre o Estado e a Igreja
- Liberdade comercial entre as nações
Os princípios levantados pela Revolução Francesa, fizeram com que a escravidão fosse questionada pela população. Desse modo, alguns panfletos defendiam o fim do trabalho escravo.
Em 12 de agosto de 1798 a Conjuração Baiana eclode. Os revoltosos distribuíam panfletos sobre o conflito até que a circulação dos mesmos chamou a atenção das autoridades.
Os envolvidos foram severamente reprimidos e presos. Várias pessoas foram entregues às autoridades, como militares, padres e funcionários públicos.
João de Deus, Manuel Faustino dos Santos Lira e Luís Gonzaga das Virgens foram enforcados. Desse modo, a Conjuração Baiana não passou da fase conspiratória.
Consequências
As consequências da Conjuração Baiana foram:
- Mortes por enforcamento
- Esquartejamento dos corpos
- Exposição dos corpos esquartejados
- Prisão de alguns revoltosos
- Fuga de vários integrantes do movimento
Participantes da Conjuração Baiana
Vejamos os nomes de alguns participantes do movimento, além dos já citados: Manuel Faustino dos Santos Lira, João de Deus, Luiz Gonzaga das Virgens, Lucas Dantas e Luís Pires.
- Agostinho Gomes (padre)
- Cipriano Barata (médico)
- Hermógenes Pantoja (militar)
- Inácio de Siqueira Bulcão (senhor de engenho)
- José da Silva Lisboa (letrado)
- José Gomes de Oliveira (militar)
- Ladislau Figueiredo Melo (farmacêutico)
- Moniz Barreto (professor)
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