Esparta foi uma cidade localizada em uma região fértil, na Lacônia, Península do Peloponeso. Ao lado de Atenas, foi uma das mais importantes pólis da Grécia Antiga.
Acredita-se que ela tenha surgido no Período Homérico e a partir do século VII a.C., passou por uma expressivo desenvolvimento.
A aristocracia espartana era composta por militares. Somente eles podiam participar da vida política, seja ocupando cargos ou opinando.
A partir do século IV a.C., Esparta entrou em declínio.
História
Pesquisas históricas apontam que Esparta foi fundada pelos dórios, conhecidos por serem o povo que invadiu as cidades micênicas no final do período Pré-Homérico.
Segundo a mitologia, essa cidade foi fundada por Lacedemon, filho de Taigete e Zeus. Ao casar-se com Esparta, filha de um rei mítico originário da região da Lacônia, Lacedemon ascendeu ao trono e nomeou a região com seu nome, Lacônia e a cidade de Esparta recebeu esse nome em homenagem à sua esposa.
Passados alguns séculos após a dominação dos dórios, os espartanos partiram rumo à expansão de seu território. Por volta do século VII a.C., eles invadiram a região da Messênia, controlando as populações locais. A partir de então, Esparta se tornou a pólis com maior poder territorial de toda a Grécia.
Sociedade
A sociedade espartana era formada pelos:
- Espartanos: Principal grupo social, composto pelos mais ricos e poderosos;
- Periecos: Pequenos proprietários que se dedicavam às atividades rejeitadas pelos espartanos;
- Hilotas: Servos que não possuíam direitos políticos e tinham seu trabalho explorado pelos espartanos.
Política
Com um sistema oligárquico, os espartanos com mais de 30 anos se reuniam em uma assembleia para eleger a gerúsia (composta por 28 espartanos com mais de 60 anos) e do eforato (formado por 5 espartanos). A primeira, possuía funções legislativas e judiciárias e a segunda, cargo executivo.
Já as atribuições religiosas e militares ficavam à cargo de dois reis, caracterizando uma diarquia. Esparta manteve suas características mais rígidas, sem mobilidade e ascensão social, até o seu declínio.
Educação
Visando manter a ordem, os espartanos focaram em uma educação militarizada. Com isso, os principais pontos trabalhados por eles eram a aptidão física e a obediência.
A educação era voltada para a formação de guerreiros, assim, as crianças que nasciam com alguma deformidade física, eram rapidamente sacrificadas, já que não poderiam servir ao Estado.
Já as crianças saudáveis, eram separadas de seus pais aos sete anos de idade para iniciarem sua formação militar. Aos 18 anos estavam preparadas para compor o exército.
Aos 30 anos poderiam se casar e participar da política. Só abandonaria a vida militar, efetivamente, aos 60 anos, quando poderiam ser eleitos para a gerúsia.
Cultura espartana
Vejamos as principais características da cultura espartana:
- As mulheres espartanas recebiam uma rigorosa educação psicológica e física, participavam das reuniões públicas, competiam no esporte e administravam os bens da família;
- Aprendiam a escrever somente o que fosse realmente necessário;
- Cultura militarista;
- Preparavam os jovens para as batalhas.
Curiosidades
- Eram politeístas, isto é, cultuavam vários deuses;
- Os homens eram vistos como máquinas de guerra;
- Seguiam uma dieta rigorosa para preparar os combatentes para os mais variados cenários de guerras.
Filmes sobre Esparta
- 300 (2006)
- Os 300 de Esparta (1962)
- 300 – A ascensão do Império (2014)
Saiba mais em: Período Arcaico da Grécia Antiga