Junta Governativa Provisória de 1930

A Junta Governativa Provisória de 1930 governou o Brasil entre os dias 24 de outubro de 1930 a 3 de novembro de 1930.

A eleição presidencial de 1930 foi vencida por Júlio Prestes que, no entanto, não tomou posse em razão do golpe de Estado sofrido por Washington Luís. Tal ação foi liderada por Getúlio Vargas que não havia aceitado sua derrota.

A Primeira República (1889-1930) foi um período marcado pela Política do Café com Leite, caracterizada pela alternância de poder entre os estados de São Paulo e Minas Gerais.

Washington Luís foi o último presidente deste sistema. Representante de São Paulo, ele deveria indicar um sucessor de Minas Gerais para dar continuidade à alternância.

No entanto, ao indicar Júlio Prestes que também era paulista, causou revolta nos mineiros. Além disso, políticos de outros estados já se mostravam insatisfeitos com a manutenção do posto presidencial nas mãos dos mesmos representantes.

Sendo assim,  antes de passar a faixa presidencial para Júlio Prestes, o então presidente Washington Luís sofreu um golpe de Estado.

Entre os dias 24 de outubro e 3 de novembro de 1930, o país passou foi comandado por uma Junta Governativa Provisória.

O presidente que a sucedeu foi Getúlio Vargas (1930-1945) e (1951-1954).

Resumo

O resultado das eleições de 1930 foi contestado pela Aliança Liberal que havia lançado Getúlio Vargas para presidente e João Pessoa, para vice.

Integrada pelos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, esta aliança tinha como objetivo implementar o voto secreto, anistiar os tenentes revoltosos, dar autonomia ao Judiciário e adotar o protecionismo.

A derrota de Vargas foi vista pela Aliança Liberal como resultado das intensas fraudes que ocorriam no sistema eleitoral brasileiro durante a Primeira República.

Apesar da insatisfação frente ao resultado, a Aliança Liberal não tinha a intenção de depor o então presidente.

No entanto, houve um estopim que causou a deposição de Washington Luís: o assassinato de João Pessoa, em julho de 1930.

A morte do político foi resultado de disputas políticas regionais. Contudo, o governo federal foi responsabilizado pelo assassinato do então presidente (governador) do estado da Paraíba.

Em setembro, Getúlio Vargas enviou ao Rio de Janeiro, emissários para conversarem com os generais alinhados à Aliança Liberal.

O objetivo era buscar o apoio da ala militar para a deposição de Washington Luís e a garantia de posse de Getúlio Vargas após o golpe.

Assim, no dia 24 de outubro de 1930, Washington Luís foi deposto e sucedido por uma Junta Governativa Provisória composta por militares.

Enquanto esta Junta exonerava generais apoiadores do ex-presidente, Getúlio Vargas encaminhava suas tropas para o Rio de Janeiro, temeroso de ser impedido de assumir a presidência do país.

No final de outubro de 1930, o general Tasso Fragoso e os representantes de Vargas criaram as condições para a transferência do poder.

A Junta Governativa esteve no poder por dez dias. Durante a sua vigência, alguns estados do país passaram a ser comandados por Juntas Governativas que foram rapidamente substituídas por interventores indicados por Vargas.

Este período foi marcado pela obtenção de crédito para o enfrentamento da febre amarela, pela dispensa dos reservistas, dentre outras medidas.

As tropas de Getúlio Vargas chegaram ao Rio de Janeiro no dia 31 de outubro de 1930 e em 3 de novembro, ele assumiu a presidência do Brasil.

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