O que é racismo
Racismo é crime. No entanto, esse preconceito extremado ainda se faz presente nas instituições e na estrutura da sociedade brasileira.
Ao longo da história existiram grupos de pessoas consideradas “boas” e de pessoas vistas como “ruins”.
Essa definição de quem era bom ou ruim nunca foi precisa, mas o título negativo sempre foi destinado a quem era diferente de quem dominava. Ou seja, ele tendia a recair sobre o dominado.
Por causa dessas concepções, ocorreram guerras catastróficas e extermínios de pessoas. Podemos citar o Holocausto e a escravidão como ações negativas motivadas pelo preconceito.
Nos últimos séculos, diversos grupos marginalizados começaram a se organizar em prol da defesa da igualdade de direitos. Entre eles, estão os negros, que vêm se manifestando contra o racismo.
O que é racismo
Não existe um conceito concreto de racismo, mas, sim, várias definições com pontos em comum. Em dicionários, podemos encontrar que o racismo é uma teoria ou crença que estabelece uma hierarquia entre as raças.
Para a Organização das Nações Unidas (ONU), o racismo é toda distinção, exclusão e preferência baseada em raça, cor ou descendência, com o objetivo de anular ou restringir o reconhecimento ou exercício em condição de igualdade dos direitos humanos e das liberdades fundamentais.
Sendo assim, é racismo o preconceito e a discriminação contra determinado indivíduo (ou grupo de indivíduos) devido à cor de sua pele, de modo que possa afetar o exercício dos seus direitos e até mesmo a sua existência dentro da sociedade.
Racismo institucional
O racismo institucional é caracterizado pela manifestação do preconceito racial praticado pelas instituições públicas ou privadas.
Assim, pessoas de determinadas raças são privadas, de forma direta ou indireta, de acessar funções e espaços e de se beneficiarem das leis.
Um exemplo clássico é o dado que mostra que menos de 30% dos vereadores brasileiros são negros, mesmo que a maioria da população brasileira seja negra.
Outro exemplo ocorreu em 2017, na cidade de Charlottesville, nos Estados Unidos, onde policiais brancos assassinaram diversas pessoas negras desarmadas e inocentes.
Racismo estrutural
Enquanto o racismo institucional é perceptível, o racismo estrutural é mais difícil de ser percebido porque consiste em práticas, hábitos, costumes e palavras que estão presentes na sociedade. Ou seja, são ações racistas já incorporadas no cotidiano de maneira imperceptível.
Um exemplo disso é a palavra “mulata” para se referir a pessoas descendentes de negros. Esse termo faz referência à mula, um animal que deriva da mistura do cavalo com o jumento.
Aliás, essa palavra surgiu em um contexto de branqueamento do Brasil que ocorreu no século XX, quando a imigração dos europeus foi incentivada para diminuir os traços da negritude no país.
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