Quem foi Marighella?

Marighella foi um ativista que lutou contra as ditaduras brasileiras. Por conta de seus ideais, ele chegou a ser preso três vezes.

Carlos Marighella ficou conhecido por sua oposição às ditaduras brasileiras. Durante a segunda metade da década de 1960, o ativista era visto como o inimigo número 1 do país. Sua trajetória sempre dividiu opiniões, tanto da direita, quanto da esquerda.

Por conta de seus ideais contraditórios ao da época, Marighella chegou a ser preso três vezes. A primeira, graças a um poema que criticava o interventor da Bahia, Juracy Magalhães. Sua segunda prisão foi justificada pela oposição ao mandato de Vargas.

Carlos Marighella, ao ser preso pela terceira vez, ficou detido por seis anos. Em 1945, com o fim do Estado Novo, as suas condenações foram anuladas.

Vida política de Marighella 

O ativista começou a estudar Engenharia Civil na Escola Politécnica da Bahia. Nesse período, ele conheceu o movimento estudantil e aos 23 anos, se tornou líder na luta comunista. Foi quando ele passou a entender o que é repressão.

Com o fim do Estado Novo, Marighella foi liberto de sua terceira prisão. Iniciou-se a redemocratização e o ativista foi eleito deputado federal pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), antigo Partido Comunista Brasileiro (PCB)

Apesar disso, com o início da Guerra Fria, os partidos foram ilegalizados, logo, o militante perdeu seu mandato. Então, clandestinamente, ele passou a atuar no PCdoB da Bahia, onde teve muitos conflitos por conta de seu extremo esquerdismo.

Ação Libertadora Nacional (ALN)

Com o início da intervenção militar, em 1964, Marighella desfez vínculos com o PCdoB e criou a Ação Libertadora Nacional (ALN). Isso aconteceu porque o partido não defendia a ideia de utilizar armas para lutar contra a ditadura.

A organização de Marighella promoveu várias ações contra a ditadura, como assaltos e sequestros. O caso mais conhecido foi o sequestro do embaixador americano do Brasil, Charles Elbrick.

No dia 4 de novembro de 1969, Marighella foi morto a tiros por agentes do Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo (DOPS/SP).

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