Sistema sanguíneo – Fator Rh

Você já ouviu falar em sangue positivo e negativo? Continue lendo para entender o que isso significa!

O fator Rh detecta se o sangue é positivo ou negativo, ele foi descoberto em 1940 pelos cientistas Landsteiner e Wiener durante estudos com sangue de coelhos e macacos.

O nome desse sistema surgiu a partir do gênero Rhesus o qual os macacos estudados pertenciam.

Histórico da descoberta do fator Rh

Durante os experimentos, os cientistas injetaram o sangue dos macacos nos coelhos e perceberam que isso iniciava uma produção de anticorpos que combatiam as hemácias introduzidas.

Os anticorpos produzidos foram chamados de anti-Rh pois eles eram os responsáveis pela aglutinação das hemácias do macaco Rhesus.

Quando as pesquisas começaram a ser feitas com sangue humano, os cientistas perceberam que mesmo sendo da mesma espécie, não seria possível receber e doar sangue para qualquer pessoa, pois as hemácias também se aglutinavam.

Classificação do fator Rh

Durante a testagem do sangue humano, os cientistas perceberam que alguns tipos de sangue possuem o fator Rh e outros não e, surgiu então a classificação do fator Rh:

  • Rh positivo (Rh+) = aglutina hemácias
  • Rh negativo (RH-) = não aglutina hemácias

Por isso, nem todos as pessoas possuem o antígeno Rh e, nesse caso, dizemos que ela possui o sangue negativo.

Para descobrir o fator Rh do sangue, é realizado um exame onde uma amostra de sangue é misturada a uma solução Rh, se aglutinar é positivo, se não aglutinar é negativo.

Genética do fator Rh

O fator Rh é determinado por um par de alelos que possuem dominância completa, sendo o alelo R dominante e o alelo r recessivo.

As pessoas que possuem fator Rh+, apresentam antígeno Rh e duas possibilidades de genótipo RR ou Rr.

As pessoas com Rh-, são indivíduos recessivos, elas não possuem antígeno Rh e o genótipo pode ser apenas rr.

Fator Rh e eritroblastose fetal

Durante a gestação é importe conhecer o fator Rh dos progenitores, pois uma pessoa com sangue Rh+ não deve entrar em contato com sangue Rh-.

Se isso ocorrer, o organismo do receptor tentará destruir o corpo estranho do sangue recebido e a pessoa terá problemas graves de saúde.

Essa incompatibilidade sanguínea durante a gravidez é chamada de eritroblastose fetal ou doença hemolítica do recém-nascido.

A eritroblastose fetal acontece quando uma mulher Rh- está grávida de bebês que podem ter fator Rh+ e gerar a incompatibilidade do fator Rh.

O sistema de defesa da mãe que é Rh- pode identificar as hemácias do feto que possui Rh+ como corpos estranhos e iniciar a produção de anticorpos contra o fator Rh+, chamamos esse processo de sensibilização da mãe.

Geralmente, as sensibilizações ocorrem durante o parto do primeiro filho com Rh+ porque a mãe pode ser exposta a uma maior quantidade de sangue.

Eritroblastose fetal
Eritroblastose fetal

A sensibilização de Rh da mãe também pode ocorrer antes do parto por conta de abortos espontâneos ou eletivos, durante episódios de deslocamento de placenta ou em exames realizados no feto.

Na gestação, o plasma sanguíneo da mãe pode passar para o filho e vice-versa através da placenta que pode conter memória dos anticorpos que já foram produzidos pela mãe.

Quando o sangue sensibilizado da mão chega até o corpo do feto, ocorre a hemólise, ou seja, os anticorpos se fixam e destroem das hemácias.

Essa destruição das hemácias pode começa ainda no útero e perdurar até após o parto, comprometendo a vida do bebê.

Por isso, é importante que a mãe tenha conhecimento do fator Rh e faça o tratamento para não se sensibilizar durante o pré-natal.

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