Tibério e Caio Graco: a história dos irmãos

Saiba quem foram os irmãos Graco e como eles lutaram pela Reforma Agrária, em Roma

Tibério e Caio Graco foram dois irmãos que lutaram pela Reforma Agrária, em Roma. O objetivo deles era organizar uma distribuição de terras mais justas para a população romana.

No entanto, com essa iniciativa, os irmãos Graco bateram de frente com grandes latifundiários. Dessa forma, esse confronto fez com que fossem assassinados, por apoiar a redistribuição de terras entre os menos favorecidos.

Antes, por volta de II a.C, uma lei foi implementada em Roma para que o voto, durante a escolha dos magistrados, fosse secreto. Logo, com os grandes proprietários de terras ameaçando, de forma veemente, os pequenos proprietários, algumas transformações aconteceram.

Dessa forma, com o povo assegurado pelo segredo na votação, Tibério e Caio conseguiram se elegerem como tribunos da plebe. Com esse cargo, os irmãos passaram a  elaborar leis, com foco na reforma agrária.

Os irmãos Graco
Os irmãos Graco

Tibério Graco

Eleito tribuno da plebe, Tibério Graco aprovou uma lei que demarcava o tamanho das terras dos nobres. Com isso, ele permitiu a divisão de terras públicas àqueles que tinham menos condições.

Entretanto, apesar de ter levado esse benefício ao povo romano, o irmão Graco não conseguiu o apoio popular que precisava. Dessa forma, ao destituir um tribuno e ainda conseguir se reeleger, Tibério Graco foi assassinado, depois de um ano no poder.

Ele foi morto junto com mais 500 políticos, que também apoiavam a distribuição de terras.

Caio Graco

Após a morte do irmão, Caio Graco se aproveitou de uma reforma na lei romana no ano de 125 a.C, para se reeleger tribuno da plebe.

Desse modo, Caio assumiu seu segundo mandato. Além disso,  retomou aquilo que Tibério já havia começado, o projeto de reforma agrária. No entanto, com o intuito de se precaver contra o mesmo destino do irmão, ele procurou aliados.

Para construir uma base forte, Caio buscou apoio político. Além de procurar os cavaleiros romanos, aprovando uma lei que os incluía na administração e organização das províncias, ele também se aproximou dos povos vizinhos de Roma.

E ainda em busca de aliados, Caio Graco também fez com que  latinos tivessem cidadania plena e a população da Península Itálica cidadania parcial. Esses povos não tinham direito ao voto.

Dessa forma, o líder começou a distribuir terras e ainda aprovou a Lei Frumentária, a qual dava o direito aos mais pobres de comprar o trigo por um preço menor.

A queda de Caio Graco

No ano de 122 a.C Caio Graco conseguiu a reeleição. Contudo, os latifundiários já estavam se sentindo prejudicados com tantas mudanças. Dessa forma, os mais ricos se uniram e conseguiram fazer os plebeus se voltarem contra Caio.

A elite romana alegou que, com a cidadania concedida aos latinos e aos povos da península Itálica, os menos favorecidos poderiam perder suas vantagens.

Os plebeus aderiram ao argumento e não deixou Caio Graco tomar posse do novo mandato. Entretanto, numa tentativa de responder a investida, o irmão Graco tentou dar um golpe de Estado.

Contudo, essa ação deixou o cenário político completamente desestabilizado. O golpe não deu certo. Por isso,  Caio Graco teve que refugiar no Monte Aventino após o Senado declarar estado de sítio dar poderes totais aos cônsules.

Sendo assim, após se sentir completamente acuado e sem poder de reação, Caio ordenou a um de seus escravos que o matasse.

O legado

Apesar dos irmãos Graco terem acabado de forma trágica, as ideias que eles propuseram não foram completamente perdidas. Isso ficou claro Tempos após as mortes dos dois líderes. No ano de 90 a.C aconteceu  Guerra Social, que também tratava das questões agrárias, em Roma,  foi colocada em prática.

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