Quem participou da Guerra dos Farrapos?
Promovida pela classe dominante gaúcha, formada pelos proprietários rurais e grandes criadores da região.
Entretanto, os estancieiros e charqueadores escravistas eram os mais incomodados com a centralização política do governo central. Eles consideravam que o governo privilegiava as províncias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
Onde ocorreu a Guerra dos Farrapos?
A Guerra dos Farrapos ocorreu no Rio Grande de São Pedro, atual estado do Rio Grande do Sul.
Quanto tempo durou a Guerra dos Farrapos?
Foi a revolta mais longa do período regencial. Ela durou dez anos, se iniciando em 1835 e tendo seu fim em 1845.
Foi o único conflito que buscou separar radicalmente a província do Império e implantar um regime republicano.
Causas da Guerra dos Farrapos
Os grandes latifundiários estavam revoltados por pagarem altos impostos territoriais e altas taxas sobre as exportações de charque, couro e sebos.
Ao mesmo tempo, as ideias republicanas e federativas começaram a estimular os rio-grandenses a se rebelarem contra a monarquia e a lutar pela independência do território. Além disso, eles se viam entusiasmados pelas vizinhas Repúblicas Platinas.
A política alfandegária beneficiava os grandes fazendeiros escravistas do Vale do Paraíba, interessados em manter baixo o valor do charque que era a base da alimentação dos escravos.
O estopim da guerra foi a nomeação do moderado Antônio Rodrigues Fernandes Braga – sem o apoio dos gaúchos – como presidente da província.
A Guerra dos Farrapos
Insatisfeitos com a forma como eram tratados pelo governo central, o rebeldes chefiados por Bento Gonçalves tomam a capital, a cidade de Porto Alegre, em setembro de 1835.
Em 1836 proclamaram a República Rio-Grandense, derrotada no ano seguinte pelas tropas imperiais. Entretanto, as vitórias farroupilhas desencadearam na proclamação da República de Piratini, em 1838. Contudo, o governo central não deu trégua aos revoltosos.
A revolta se enfraqueceu devido as divergências entre os líderes do movimento. Após o golpe da maioridade, o jovem imperador se comprometeu a atender as principais reivindicações, como a taxação sobre o charque importado da região do Prata em 25%, caso os revoltosos se rendessem.
Fim da Guerra dos Farrapos
Em 1842, após sucessivas vitórias do exército imperial, Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, então presidente da província, combinando medidas repressivas e negociação, conseguiu a rendição dos farrapos.
Em 1845 é assinado o acordo de rendição. Em troca, os combatentes solicitaram:
- A anistia aos revoltosos
- A incorporação dos oficiais farroupilhas ao Exército
- A transferência de todas as dívidas da República de Piratini ao governo
É importante salientar que essa foi a revolta que mais colocou em risco a unidade do território nacional na época do Império.
Consequências Guerra dos Farrapos
As principais consequências Guerra dos Farrapos foram:
- Milhares de mortes
- Severos danos à economia do Rio Grande do Sul
- Enfraquecimento da autoridade imperial
- Endividamento do país
- Aprofundamento das disputas políticas entre as elites locais e o governo central
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