O Egito Antigo foi o cenário de uma das civilizações mais importantes da Antiguidade. A maior parte de seu território se localiza no extremo nordeste do continente africano.
História do Egito Antigo
Cortado por um estreito e fértil vale por onde passa o Rio Nilo, o cotidiano às margens do rio era controlado pelo ciclo das cheias que, quando voltavam a normalidade, deixava a terra coberta por um limo fértil, que auxiliava na agricultura.
A população era dividida em clãs. Tais comunidades eram chamadas de nomos, pequenos estados independentes administrados pelos nomarcas. A disputa entre eles resultou na criação de dois grandes reinos:
- Alto Egito
- Baixo Egito
Por volta de 3100 a.C., o rei Menés, líder do Alto Egito, conquistou o Baixo Egito e unificou os dois reinos. Com isso, Menés se tornou o primeiro faraó e o fundador da primeira dinastia.
Nasceu, então, o Império Egípcio, tendo como capital, a cidade de Tínis, que foi substituída por Mênfis, atual Cairo.
A história política do Egito Antigo é dividida em três fases:
- Antigo Império (2680–2180 a.C.): período em que os faraós e seus funcionários administravam a construção de obras públicas, como a esfinge de Gizé e as pirâmides de Quéops, Miquerinos e Quéfren.
- Médio Império (2040–1780 a.C.): época em que os egípcios ampliaram seus domínios rumo ao sul. Período marcado pelo seu enfraquecimento devido a revoltas internas e guerras. Os hicsos, povos asiáticos, invadiram o Egito e se fixaram por lá cerca de 170 anos.
- Novo Império (1580–1070 a.C.): fase marcada pela expulsão dos hicsos. Os faraós desse período organizaram um forte exército, expandindo seu território até o rio Eufrates, na Mesopotâmia.
A partir do controle das importantes rotas comerciais, tanto o faraó, quanto os chefes militares e os sacerdotes aumentavam sua riqueza, enquanto a maioria da população empobrecia, por ter que pagar impostos cada vez mais altos.
Diversos camponeses tiveram que abandonar suas plantações para prestarem serviços na infantaria, o que gerou diversas revoltas sociais.
Somando os conflitos internos às rebeliões dos povos dominados contra a cobrança dos impostos, o Estado egípcio acabou se debilitando.
Com isso, a partir do século VIII a.C., o Egito foi continuamente invadido por outros povos, até que em 525 a.C., foi dominado pelos persas.
Sociedade no Egito Antigo
A sociedade no Egito Antigo praticamente não mudou ao longo dos séculos, pois não havia chances reais de ascensão social. Era comum que o sujeito nascesse e morresse pertencendo ao mesmo grupo social.
Os artesões eram muito conhecidos. Produziam móveis, brinquedos, barcos, etc. Construíam casas, palácios, instrumentos de trabalho, armas, carros de guerra, joias, ornamentos, papel e uma variedade de outros objetos.
Durante o Novo Império, os comerciantes se enriqueceram, pois houve um crescimento do comércio interno e externo. As guerras de conquista ocorridas no mesmo período geraram riqueza e prestígio aos militares.
Já os camponeses, formavam a maior parte da população. Chamados de felás, eles faziam todo tipo de serviço tanto no campo quantos nos centros urbanos.
Os escravos eram os prisioneiros de guerra. Por isso, desempenhavam os trabalhos mais pesados e perigosos.
Religião no Egito Antigo
A religião no Egito Antigo era um traço muito importante. Todos acreditavam na existência da vida após a morte.
Por acreditarem nisso, muitos faraós mandavam construir imensas pirâmides para comportar seus túmulos. Elas representavam a garantia de suas casas na eternidade.
Acreditavam em vários deuses, isto é, eram politeístas. Entre os vários deuses, estava Amon-Rá, considerado o criador do universo. Por isso, era o mais cultuado oficialmente e temido. Já o deus mais popular era Osíris.
Política no Egito Antigo
O faraó era a principal figura política no Egito Antigo. Além de ser o próprio deus na terra, ele administrava o império, sendo o comandante militar e o juiz supremo.
Era o dono de todas as terras, por isso recebia impostos que eram pagos em produtos, acumulando uma imensa riqueza.
Construíam para si e sua família túmulos suntuosos, como as conhecidas pirâmides do Egito.
Havia, também, os altos funcionários do governo que possuíam uma posição de destaque. A maior autoridade depois do faraó era o vizir, que controlava a justiça, chefiava a polícia e a arrecadação de impostos.
Os escribas também se inseriam enquanto altos funcionários no império. Dominavam cálculo, leitura e escrita, por isso, controlavam toda a vida econômica do Egito.
Os sacerdotes também estavam entre os altos funcionários, responsáveis por executar os serviços religiosos e administrar os templos.
Cultura no Egito Antigo
A arte e a cultura no Egito Antigo estava associada às tradições religiosas e funerárias. Quase todas as obras egípcias se inseriam em um contexto religioso e político, como a figura do faraó.
A arquitetura se destacou com a construção das grandes pirâmides. As esculturas seguiam a lei da frontalidade, isto é, o corpo era reproduzido de frente com as mesmas proporções.
As pinturas eram em afresco, representadas com cenas do cotidiano. A literatura se desenvolvia tendo como base a ideologia religiosa e moral.
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