Eros – Deus do amor e da paixão na mitologia grega

O deus do amor é mais conhecido como Cupido, seu nome romano, e por dar origem à palavra "erotismo".

Na mitologia grega, existem diversos deuses, cada um com sua atribuição. Inicialmente, esses deuses foram criados na Grécia Antiga e representavam diferentes aspectos da vida da civilização.

Mesmo que Afrodite seja conhecida como a deusa do amor, existe outro deus do amor, Eros. No entanto, cada um representa uma determinada forma de amor, sendo Eros mais ligado ao erotismo.

Quem é Eros

Existem muitas versões para o mito de Eros. O ponto em comum é que ele é um deus muito belo e irresistível, capaz de fazer qualquer pessoa ignorar o bom senso.

Geralmente, o deus é representado como um menino com asas e cabelos louros. O semblante do deus é sempre uma mistura de inocência com travessura, que simboliza a juventude eterna do amor profundo.

Deus do amor

Em grego antigo, eros era a palavra que designava o amor erótico, que era ligado a um tipo de “loucura dos deuses”.

Sendo assim, Eros era esse deus que acertava pessoas com suas flechas, resultando em um amor com desejo exagerado, mas também visto como verdadeiro.

O filósofo Platão descreveu Eros como um deus corajoso, constante, astucioso e um bom caçador.

Por outro lado, o deus do amor também é um grande encantador, capaz de despertar muitos desejos. Por isso, Eros é o deus da paixão e do erotismo. 

História de Eros

O mito do nascimento de Eros possui muitas versões, mas três são mais conhecidas. Na primeira, ele seria o primeiro filho de Afrodite e Ares.

No mito, Eros era uma criança que não crescia por ser muito mimado, até que a deusa teve um outro filho e ele voltou a crescer.

Na segunda versão, Eros é filho de Caos, o primeiro deus a surgir. Dessa forma, Eros seria um deus primordial, ou seja, anterior a Afrodite. Nessa versão, o deus também possui um papel de unificador, contribuindo para a passagem do caos aos cosmos.

Por fim, existe uma terceira versão do mito de Eros, registrada por Platão.

Segundo o filósofo, o deus foi concebido em um banquete em comemoração ao nascimento de Afrodite, quando Pênia, a personificação da pobreza, teve relações com Poro, a personificação da abundância.

Por causa disso, Platão escreve que Eros sempre esteve em um meio-termo entre a pobreza e a riqueza. Além disso, o filósofo também conta que Eros passou a acompanhar Afrodite por ter sido concebido no dia do seu nascimento.

Eros e Psiquê

Outra história famosa sobre Eros é a que narra o seu envolvimento com Psiquê, uma princesa mortal.

Segundo o mito, Eros deveria fazer Psiquê se apaixonar por alguém muito feio, a pedido de Afrodite, que invejava a beleza da princesa.

Contudo, ele erra a flecha e acaba se acertando, ficando perdidamente apaixonado por Psiquê.

Os dois se casaram sob a condição de que ela nunca deveria ver o rosto do marido. Com o tempo, Psiquê começou a desconfiar que o marido era um monstro e resolveu matar o deus no meio da noite com auxílio de uma faca e uma lâmpada de azeite.

Quando ela iluminou o rosto do deus, foi distraída pela sua beleza e deixou uma gota de azeite quente cair sobre ele.

Eros acorda imediatamente e percebe a traição, então, foge e faz com que o castelo em que os dois estavam desapareça.

Psiquê passa a vagar pelo mundo em busca de ajuda para reconquistar o deus, até que resolve pedir ajuda no templo de Afrodite, que já estava ciente do relacionamento entre Eros e a princesa.

Por ter sido traída, a deusa pede para que Psiquê execute quatro tarefas impossíveis.

A moça consegue cumprir as quatro tarefas, para desgosto de Afrodite. Assim, Eros perdoou Psiquê e pediu para que ela fosse transformada em imortal.

Desse modo, Psiquê se tonou uma divindade e o casal teve uma filha, Hedonê, a deusa do prazer.

Curiosidades

  • No grego, a palavra eros significa “estar ardente de amor”.
  • As palavras “erótico” e “erotismo” derivam do nome do deus Eros.
  • Na mitologia romana, o equivalente a Eros é o Cupido.
  • Para a psicologia, Eros representa o amor, e Psiquê, a alma. Juntos, os dois representam a espiritualidade humana.
  • Segundo os mitos, Afrodite teve quatro filhos, os Erotes, que personificavam as diferentes faces do amor, sendo Eros o principal.

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