Dionísio – Deus da festa e do vinho na mitologia grega
Além da festa e do vinho, Dionísio também era associado a outros divertimentos gregos, como o teatro e os ritos.
Na mitologia grega, existiam deuses que tinham grandes fenômenos ou elementos da natureza como atribuição. Zeus, por exemplo, era considerado o deus dos céus, enquanto Apolo era o deus do Sol.
No entanto, também existiam deuses para os aspectos cotidianos da vida, como Ártemis, que era deusa da caça selvagem. Outro deus que também era responsável por um elemento comum no dia a dia dos gregos era Dionísio, deus da festa.
Quem é Dionísio
Dionísio foi o último deus a ser aceito no Olimpo. Nos mitos, ele é filho de Zeus com a princesa Sêmele, sendo o único deus olimpiano filho de uma mortal.
Por ser uma divindade não convencional, Dionísio era representado nas cidades como o protetor dos que não pertencem à sociedade tradicional.
Devido a isso, o deus é símbolo de tudo que é caótico, perigoso e inesperado, ou seja, ações que só podem ser atribuídas à imprevisibilidade dos deuses.
Deus da festa
Como a figura de Dionísio foi associada ao inesperado, ele também é considerado deus da festa, do vinho e do teatro. Portanto, ele era um deus muito ligado ao divertimento, sendo também o deus da embriaguez e da insanidade.
Além disso, Dionísio também é o deus dos ciclos vitais e dos ritos religiosos. Isso mostra uma outra faceta do deus, mais ligada a rituais marcantes, sempre voltados para aqueles que não eram figuras convencionais da sociedade grega, como estrangeiros, escravos e mulheres.
História de Dionísio
A história do deus Dionísio começa muito antes do seu nascimento. Antes de ser levada por Hades, a deusa Perséfone se relacionou com Zeus, gerando o deus Zafreu. No entanto, a esposa de Zeus, Hera, convenceu os titãs a atacarem o bebê e comerem todo o seu corpo.
A única parte que restou foi o coração de Zafreu, que foi resgatado por Atena e devolvido a Zeus. Então, o deus preparou uma poção para engravidar a princesa mortal Sêmele, gerando Dionísio.
Hera, mais uma vez, ficou com ciúmes e fez com que Sêmele pedisse que Zeus mostrasse sua forma verdadeira sob juramento. Por ser uma mortal, ela não aguentou a visão verdadeira do deus e morreu, tornando-se cinzas.
Como ela estava grávida de seis meses, Zeus resgatou o bebê, costurando-o em sua coxa. Depois de um tempo, Zeus desfez os pontos e Dionísio nasceu, sendo entregue a Ino, irmã de Sêmele, e Athamas, mas Hera fez com que o casal enlouquecesse e a matasse a si mesmos e os filhos.
Quando se tornou adulto, a raiva de Hera fez com que Dionísio vagasse louco por diversas partes do planeta.
Em determinado momento, ele encontrou a deusa Cibele, que o curou e o ensinou seus ritos religiosos. Em seguida, o deus passou a ensinar a cultura da uva aos mortais, sendo o primeiro a cultivar parreiras.
Os principais mitos sobre Dionísio mostram que o deus viajou por diversos lugares e, quando confrontado, fazia com que as pessoas ficassem loucas ou incentivava o crescimento de parreiras.
O poema mais longo escrito na Antiguidade é sobre o deus, relatando a sua vida e o retorno para o ocidente após um longo período na Ásia.
Apesar de tudo isso, Dionísio ainda teve um grande amor, a princesa Ariadne. Ele a encontrou na ilha de Naxos, após ser abandonada pelo herói Teseu, conhecido por matar o Minotauro.
Segundo os mitos, eles se casaram, desapareceram e tiveram diversos filhos.
Curiosidades
- Na mitologia romana, o equivalente de Dionísio é Baco.
- Os cultos a Dionísio eram conhecidos como mistérios dionisíacos, em que era usado vinho para induzir transes e música rítmica.
- O teatro teve origem em ritos dedicados a Dionísio realizados na cidade de Atenas.
- O festival em que competiam peças de teatro era chamado de Dionísia Urbana e o instrumento musical utilizado era a flauta.
- Nas artes, Dionísio é mostrado sempre na companhia de outros seres míticos, como sátiros, centauros e ninfas.
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