Eles são animais invertebrados, de corpo alongado, cilíndrico e é possível ver a segmentação em anéis mesmo externamente.
Vivem em solos úmidos ou em ambientes aquáticos e podem ter de 1 mm até 3 metros.
Classificação dos anelídeos
O Filo Annelida era dividido em três classes: Polychaeta, Oligochaeta e Hirudinoidea. Entretanto, como a ciência está sempre sendo atualizada pelos novos estudos e, recentemente apresentou-se uma nova classificação para eles:
- Classe Polychaeta
- Classe Clitellata que inclui as subclasses Oligochaeta e Hirudinoidea
Sendo assim, a classe Polychaeta é representada pelos poliquetas e a classe Clitellata, pelas minhocas e sanguessugas.
Classe Polychaeta
Os animais dessa classe são chamados de poliquetas. Eles vivem em ambientes aquáticos e, raramente, em terrestres desde que estejam úmidos. São conhecidas mais de 10 mil espécies de poliquetas.
Eles costumam rastejar pelo fundo do oceano a procura de pequenos animais que possam servir de alimento. Mas também existem espécies que são fixas ao substrato, essas apresentam morfologia diferenciada com desenvolvimento de tentáculos para auxiliar na alimentação e trocas gasosas.
O corpo dos poliquetas possui muitas cerdas (chamadas de parapódios) em todos os anéis. Esses parapódios são importantes para a locomoção desses animais. A maioria respira por brânquias, mas alguns podem ter respiração cutânea.
Reprodução dos Poliquetas
Geralmente os poliquetas são dioicos, isso é, apresentam sexos separados. Eles têm reprodução sexuada mas com fecundação externa. O desenvolvimento é indireto, começando com a fase larval.
Classe Clitellata
- Subclasse Oligochaeta
Os principais animais dessa subclasse são as minhocas. Os oligoquetas possuem poucas cerdas pelo corpo. No entanto, elas existem e são muito importantes para auxiliar na locomoção desses animais no solo úmido.
Os oligoquetas não têm olhos e fazem respiração cutânea, ou seja, através da pele. A grande maioria é terrestre, mas existem poucas espécies em ambiente aquático também.
O comprimento deles pode variar entre 5 cm até 3 m, como o minhocuçu, um tipo de minhoca gigante que está ameaçado de extinção no Brasil.
As minhocas são peças fundamentais para a ciclagem de matéria orgânica no meio ambiente. Elas auxiliam na decomposição de matéria orgânica, e sua locomoção forma túneis que promovem a oxigenação do solo e, consequentemente, das raízes das plantas.
Além disso, as fezes das minhocas são chamadas de húmus e são ótimas como adubo orgânico para o solo. Um solo com muitas minhocas é um solo saudável.
- Subclasse Hirudinoidea
Os hirudíneos são representados pelas sanguessugas, elas possuem o corpo achatado e têm duas ventosas, uma para se locomover ou se fixar ao substrato e uma ao redor da boca. Podem ter entre 0,5 e 30 cm de comprimento e vivem em ambientes aquáticos de água doce.
A alimentação das sanguessugas é baseada em sangue de animais vertebrados, dai o nome desses animais. Elas não apresentam cerdas e também tem respiração cutânea.
O substrato de fixação das sanguessugas pode ser justamente a vítima da qual ela vai usar o sangue para se alimentar. Ela usa a ventosa para se fixar, perfura a pele e suga o sangue e enquanto isso as suas glândulas salivares liberam uma substância chamada de hirudina, que impede que o sangue se coagule e interrompa o fluxo sanguíneo.
Todo esse processo acontece sem provocar nenhuma dor a vítima. O processo de alimentação é tão eficaz que logo após se alimentarem, elas podem ter aumentado o próprio em até 10 vezes.
A substância liberada para não coagular o sangue é utilizada pela indústria farmacêutica na produção de medicamentos para o tratamento de trombose.
Reprodução dos animais Clitellata
Esses animais são hermafroditas, ou seja, possuem dois sistemas reprodutores diferentes no mesmo animal. A reprodução é sexuada com fecundação cruzada e recíproca com outro animal, ou seja, os dois serão fecundados ao mesmo tempo.
Durante o acasalamento, os dois animais se unem de maneira que os aparelhos contrários fiquem em contato, após a eliminação dos espermatozoides eles se separam.
Eles tem uma estrutura chamada clitelo (que dá nome a classe) e é ao redor dela que os óvulos liberados pelo sistema feminino são unidos num casulo. Esse casulo é transportado através das contrações musculares do corpo para a outra extremidade do corpo, onde estão os espermatozoides que o outro animal depositou.
Nesse momento ocorre a fecundação e o casulo é liberado, dando origem a novos indivíduos. Ao contrário dos poliquetas, nos animais Clitellados não há estágio larval.
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