Governo Floriano Peixoto
Floriano Peixoto foi o segundo presidente do Brasil, com um governo marcado por revoltas reprimidas com violência, ganhando a fama de "Marechal de Ferro".
Seu governo foi marcado pela Segunda Revolta da Armada e da Revolução Federalista, reprimidas violentamente por ele, gerando a fama de “Marechal de Ferro”. Junto com o Governo Deodoro da Fonseca, o Governo Floriano Peixoto compõe o período conhecido como República da Espada, dentro da República Velha.
Biografia de Floriano Peixoto
Floriano Vieira Peixoto nasceu na Vila de Ipioca, em Maceió, capital do Alagos, no dia 30 de abril de 1939. Como um dos dez de uma família pobre, ele foi entregue para ser criado pelo seu tio e padrinho, o coronel José Vieira de Araújo Peixoto. Ele iniciou seus estudos em Maceió, mas se mudou para o Rio de Janeiro, onde estou no Colégio São Pedro de Alcântara.
Posteriormente, Floriano Peixoto ingressou na Escola Militar, seguindo a carreira militar. Ele foi promovido por várias patentes, destacando-se durante a Guerra do Paraguai, sendo promovido a tenente-coronel no fim do conflito.
Após a Guerra do Paraguai, Floriano também se formou em ciências físicas e matemáticas e se casou com Josina Vieira Peixoto, filha de seu padrinho, com quem teve oito filhos.
Em 1884, ele foi nomeado presidente da província de Mato Grosso, mas foi substituído do cargo adotar políticas controversas.
Durante a Proclamação da República, Floriano Peixoto era encarregado pela segurança do gabinete do Visconde de Ouro Preto, que ele se recusou a defender, aderindo ao movimento republicano.
Em seguida, ele assumiu a vice-presidência do governo provisório, sendo eleito para o mesmo cargo após a Constituição de 1891. Floriano Peixoto assumiu a presidência com a renúncia de Deodoro da Fonseca, em 23 de novembro de 1891, tornando-se o 2º presidente do Brasil.
Floriano Peixoto faleceu no dia 29 de junho de 1895, menos de um ano depois do fim do seu mandato como presidente, em Barra Mansa, município do Rio de Janeiro, por causa de uma cirrose hepática.
Características do Governo Floriano Peixoto
O governo de Floriano Peixoto foi marcado por intensas rebeliões. Por ele não ter sido um presidente eleito por voto direto, muitos questionavam a legitimidade do seu governo. Todos os protestos contra o governo de Floriano Peixoto foram fortemente reprimidos.
Floriano contou com apoio da maior parte dos parlamentarem, que aceitaram até a suspensão do legislativo entre janeiro e maio de 1892. No fim desse período, esses parlamentaram estabeleceram que o mandato de Floriano era constitucional, mesmo que a Constituição de 1891 determinasse que fossem feitas novas eleições.
Embora o governo de Floriano Peixoto fosse impopular entre políticos liberais e elites econômicas, ele era bem aceito entre as camadas pobres devido as suas medidas populistas.
Durante seu governo, ele tentou diminuir os efeitos da Crise do Encilhamento e criar medidas para beneficiar os mais pobres. Entre essas medidas, estavam a construção de casas populares, isenção de impostos cobrados nos alimentos e a redução do valor dos aluguéis.
Floriano também procurou favorecer a indústria por meio de empréstimos e medidas protecionistas. Mesmo assim, a economia brasileira passou por sua maior recessão, com uma grande queda no PIB.
Além disso, duas grandes revoltas ocorreram durante o Governo Floriano Peixoto. Ambas foram reprimidas de forma rigorosa, fazendo com que o presidente fosse apelidado de “Marechal de Ferro”.
Segunda Revolta da Armada
A Primeira Revolta da Armada ocorreu quando Deodoro da Fonseca ordenou o fechamento do Congresso Nacional, em 1891. Já a Segunda Revolta da Armada foi iniciada em setembro de 1893, também causada pela insatisfação da Armada (Marinha) com o governo.
Durante os meses de revolta, houveram batalhas entre os marinheiros com outros setores do Exército. O movimento foi reprimido duramente em março de 1894, com ajuda de estadunidenses.
Revolução Federalista
A Revolução Federalista foi uma guerra civil disputada no Rio Grande do Sul, que teve início em fevereiro de 1983. De um lado, estavam os federalistas insatisfeitos com o presidencialismo, exigindo um sistema parlamentar. Do outro lado, estavam os republicanos, defendo o nacionalismo e o sistema republicano, sendo apoiados pelo governo.
Essa guerra se espalhou por toda a região Sul, chegando ao fim somente em 23 de agosto de 1895, já no governo de Prudente de Morais. Ao todo, dez mil pessoas morreram durante a Revolução Federalista.
Fim do Governo Floriano Peixoto
O governo de Floriano Peixoto chegou ao fim no dia 15 de novembro de 1894, quando o poder foi transferido para Prudente de Morais, presidente eleito pelo povo por meio de voto direto.
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